Não é nenhuma novidade que a música sertaneja trate de temas pertinentes às cidades do interior do estados brasileiros e a vida na roça. Ademais, a vida no sertão, a conexão com a natureza, sentimentos e a vida “caipira” regional estão sempre presentes nas composições mais famosas.
A partir dessa base, o sertanejo continua sendo constantemente atualizado. Desse gênero musical que relata a vida do homem do campo, surgiram outros gêneros e estilos carregados de sentimentos da cidade grande, se identificando com suas premissas. Assim, nesse cenário de transformações e descobertas que surgiu o chamado Feminejo.
O Feminejo surgiu em meados de 2010 e tem como uma de suas principais representantes a cantora póstuma Marília Mendonça. A principal característica do gênero, além de ser composto por mulheres, é que, pela primeira vez, elas estão no comando dos temas. Dessa maneira, os problemas e pontos de vista femininos são abordados de forma nunca trazida até então dentro do sertanejo, que era um cenário dominado por homens.
Entre os temas mais abordados, estão festas, bebidas, relacionamentos, superação e o empoderamento feminino. Assim, graças a coragem de poucas mulheres que já seguiam carreira a duros passos no sertanejo, muitas outras se inspiraram para iniciar essa jornada e criar um subgênero de mulheres, para mulheres.
Entre as cantoras mais famosas do movimento, podemos citar, além da Rainha da sofrência, Maiara e Maraísa, Simone Mendes, Naiara Azevedo, Yasmin Santos e Lauana Prado.
A mensagem é que cada vez mais mulheres se juntem ao sertanejo, sem medo dos julgamentos e represálias que ficaram no passado. Eventualmente, a música se adapta à sociedade e é assim que inspiramos outras mulheres a realizarem seus sonhos - inclusive os musicais.
E você, gosta da premissa “feminejista”?